quarta-feira, 15 de outubro de 2014

"Pensamento Clandestino"

Como é clandestino todo sentimento,
que segue o destino dos meus pensamentos.
Ás vezes vivendo, oculto, escondido.
Sempre querendo, ser livre e entendido.

É quase impossível mostrar o que sentimos.
Mas se está disponível mesmo se resistimos.
Faz parte do querer que envolve a vida,
mas se há de sofrer se houver a partida.

No corpo, a distância não cede à razão.
Não apaga a lembrança de uma grande emoção,
que tem seu espaço na mente, na alma;
de se ter nos braços o que acalma.

O tempo que passa deixa marcado
em cada passo o que foi passado
e o que foi vivido em tempo distante
nos faz sem sentido nos deixa errante.

Ainda é presente o sonho de ter,
o amor que se sente e fazer nascer,
o que a vontade teve que suprimir,
gerando a saudade de você aqui.

Basta querer se abrir a este amor.
Para saber que no coração não cabe a dor;
dor do destino em ter que esconder
o que é clandestino; o que é para você.

E se houver um dia, o gosto de ter
a doce alegria de estar com você,
estaria no céu, no lugar mais bonito,
viveria ao léu, até o infinito.
(15/09/99)

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