segunda-feira, 20 de outubro de 2014

"Lua"

Ainda era Nova 
Perdida na imensidão 
Velava por mim
Inerte e esplêndida 
Os olhos ocultos
Incapazes de vê-la 
Refletiam a dor.

Se tivesse 
A consciência real 
De que somos semelhantes 
Tudo seria diferente 
Seríamos iguais 
E eu estaria 
Cheia de brilho.

E por que não ser?
Vives solitária no entanto 
Não se deixas apagar 
Bela e cintilante 
Crescente reflexo 
de quem lhe é Maior.

Que seja minguante 
O meu sofrimento 
pelo exemplo que és 
Pois mesmo que tudo ao redor 
Seja um espaço negro 
Sempre haverá ao meu lado 
Uma estrela a luzir.
(Nov / 98)

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