sexta-feira, 24 de outubro de 2014

"Ode para um Amigo distante"

I

Distante,
Minguante,
Errante...
O tempo, a lua
E eu...
Nós!

No tempo (distante)
que se passou,
onde outrora nada havia
encontrei o firmamento,
esplendor de alegria,
Magia de ter
o que poucos têm,
por tão longo tempo,
de forma tão fiel,
mel da descoberta
aberto de compartilhar,
ouvir, conduzir
a todo momento;
por todo tempo,
por toda vida.

II

Minguante,
Errante,
Distante...
A lua e eu,
o tempo...
Nós!

A Lua (Minguante)
a nós já velou.
viu a euforia,
contentamento,
a dor, a harmonia
mágica de ter
o que poucos têm,
por tão longo tempo,
aqui ou na lua.
Me deixas ao léu;
céu da sintonia aberta
na junção que há
aqui ou aí,
em nós
pelo espaço, na lua
pelo espaço, na vida.

III

Errante,
Distante,
Minguante...
E eu,
o tempo, a lua...
Nós!

E eu (errante)
sou o que sou:
Eu.
Trago eu bem dentro
o furor, a magia;
Alegria de ter
o que poucos têm,
um amigo fiel,
de rara beleza,
de nobre emoção,
de sentimento límpido,
transcendente,
gente que é Gente,
desmedido coração.

IV

O tempo, a lua e eu...
A lua e eu, o tempo...
E eu, o tempo, a lua...
Distante,
Minguante,
Errante.
Palavras.
Elemento.
Mares,
só ares,
fogo de Vênus
na Terra, magia
no mar, caminho
na vida, alegria
de ter o que poucos têm
por tão longo tempo:
Nós!
(23/08/99)

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